As crianças têm uma grande necessidade de descobrir os limites, de encontrar o muro, de saber até onde podem ir e donde não podem passar, ou seja, aprender onde estão as situações de risco. Criadas num ambiente permissivo entram em descompensação afectiva e em sofrimento porque não encontram a tão essencial fronteira entre o “bom” e o “mau” que eles sabem que existe algures.
Alguns estudiosos do assunto dizem que as crianças sofrem porque num ambiente permissivo não se sentem amadas, mas creio que não é bem isso; trata-se simplesmente de o seu cérebro não conseguir perceber onde está essa fronteira!
Como é que se ensina isso? Associando uma penalização adequada, que sinalize ao cérebro a posição da fronteira. Isso, e apenas isso. Ou seja, a penalização tem apenas o objectivo de informar o cérebro, não tem o objectivo de causar sofrimento.
Na educação dos animais isso é bem sabido – a penalização tem de ser bem adequada para o animal perceber que ultrapassou uma fronteira, mas apenas isso; se tiver uma característica de agressão, o animal revoltar-se-á em vez de aprender. Connosco é exactamente o mesmo.
No pólo oposto à permissividade está o autoritarismo. Há pessoas que sentem prazer em sentir autoridade, ou que têm frustrações diversas, e que usam todos os pretextos para, a título de penalização, exercer poder, humilhar outro, agredir outro. O marido que bate na mulher, a mulher que ralha com o marido, o chefe que insulta o empregado, a dona de casa que abusa da empregada, o polícia que bate no ladrão, os pais sempre prontos a castigar os filhos, o professor que espalha o terror na aula.
Educar uma pessoa é essencialmente o mesmo que educar um animal, ou seja, um processo de penalização e recompensa. A diferença está no que se ensina e no tipo de penalizações e recompensas a usar.
Muitas pessoas pensaram, e pensarão ainda, que a motivação para a educação é uma relação aritmética entre recompensa e penalização, ou seja:
Motivação = Recompensa + Penalização,
medindo a intensidade da recompensa e da penalização em escalas positivas; daqui a ideia de que seria possível educar recorrendo apenas à recompensa, portanto, com penalização nula.
Isso é um erro e grave. Sem penalização não há qualquer possibilidade de educar.
É costume gabar-se o civismo das pessoas dos países nórdicos em especial e dos países mais civilizados em geral. A razão disso está num claro e bem estabelecido esquema de penalizações. Existem penalizações para todos os comportamentos que perturbem o desejado funcionamento da sociedade. Criteriosamente estabelecidas e implacavelmente aplicadas. É por isso que as pessoas são tão cumpridoras.
Não se pense que estas pessoas vivem numa atmosfera de medo. É como o fogo – sabemos que se pusermos a mão no fogo queimamo-nos, logo não pomos. Mas não vivemos apavorados com o fogo, pelo contrário, até gostamos de saltar à fogueira e de uma boa lareira.
Para que a penalização funcione eficientemente tem de ser clara, sistemática e adequada. Se a cidade está cheia de radares e a cobrança de multas funcionar, os cidadãos tornam-se conscienciosos cumpridores dos limites de velocidade; se não for assim, sentem-se parvos a cumprir esses limites idiotas e andarão preocupados em saber onde estão os poucos radares, fazendo questão em andar em excesso de velocidade, chegando a conseguir poupar uns dois minutos num percurso urbano médio. Às vezes mesmo 3 minutos!
Na ausência de penalização tudo se desmorona: muitos médicos, professores, juízes, ou seja, muitos senhores doutores, engenheiros, advogados, arquitectos, etc (tsch tsch, as coisas que eu aprendo com o António...) não cumprem minimamente aquilo para que foram contratados. É natural, são humanos, funcionam em função da resposta exterior, o sistema que não estabelece penalizações é que é culpado.
Consciente da importância da penalização, outra corrente de opinião defende que basta a penalização, podemos anular a recompensa. Isso pode ser verdade em sociedades estagnadas, mas não é verdade numa sociedade que se pretende em evolução. Sem recompensa, as pessoas limitam-se ao quanto baste para evitar a penalização. Mas isso é claramente insuficiente na sociedade actual. Numa empresa, as pessoas empenharem-se “quanto baste” conduzirá provavelmente a empresa à falência, porque a concorrência terá colaboradores muito mais motivados, com mais autoestima, conseguida através do uso apropriado da recompensa.
Isto apenas considerando o limitado aspecto “interesseiro” da questão, porque há outro mais importante: um objectivo da sociedade é fazer-nos felizes e conduzir os humanos apenas através da penalização não contribui suficientemente para a felicidade.
Sem entrar em grande análise da importância relativa de Recompensa e Penalização, podemos tomar como boa a equação:
Motivação = Recompensa x Penalização
Um valor nulo quer para recompensa quer para a penalização conduz a uma motivação nula.
Vejamos agora a questão do “chumbo”
23 comentários:
Much impressed. Thank you!
Bilhante. A senhora casada que anda cá por casa, é educadora do ensino especial.
Há dois anos teve uma queixa de um pai e consequente processo disciplinar, por ter escrito num relatório a palavra treino.
O dito pai alegava que o filho não era nenhum cão para se sujeitar ao treino.
O miúdo, continuou a ser alvo de um treino que lhe permitisse adquirir rotinas que o autonomizassem em coisas tão simples como ser autónomo numa ida à casa de banho... mas passaram a utilizar outra palavra "menos técnica".
Salvou a dita senhora a postura do avô do miúdo que à comissão de inquérito declarou que o filho não conseguia ver as limitações do neto, mas ele avô, valorizava o trabalho das técnicas e ver o neto autónomo numa ida à casa de banho era uma vitória que ele julgava nunca vir acontecer...
Ola Alf,
Muito interessante.
É assim que ensino os meus quadrupedes que cá para mim a história do treino positivo é muito bonito, mas sem penalização não resulta de todo. De vez em quando, ( e o antónio sabe) tenho de os virar de patas para o ar, só para que eles saibam quem manda. Mas são livres de protestar. Fora de brincadeira, gostei mesmo. voltarei em breve
Muito interessante! Nunca tinha visto esta questao desta forma tao clara.
Os meus quadrupedes? Bolas, não existe só o Bigu?
António,
Não, existem 3.
Apresento.
O Bigu - O serrinha da estrela muito grande e muito doce.
A Pipa - Uma Beagle, um bocadinho burrinha mas muito gira, é aquilo que eu chamo a versão canina daq loira boazona mas burra como um sepo.
A Matilde - Uma rafeirinha amorosa e que tem um QI superior a muitos politicos portugueses ;)
Tudo isso aí em casa? Lá se vai a raionalização energética do Manuel...
Não António, claro que não, no meu pequeno T1 na grande cidade vive apenas a minha loira burra preferida a Pipa, o Dom bagulho e su muchacha Matilde vivem na serra, na minha casinha lilipoteana rodeados por 12 hectrares de lindos socalcos verdes e belas matas de carvalho (que o pinhal ardeu todo há coisa de dois anos ficando apenas um vazio cinzento que agora está a ser devorado por acacias loucas que rebentam com uma furia cega por todo o lado, apesar das nossas tentativas para as controlar)
Se quizer está para lá no joaninha as fotos da cachorrada toda e de alguns cantinhos do lugar liindo onde eles moram.
Obrigado pelo vosso interesse... isto é tão fora da minha "linha editorial"... estava com receio que os leitores zarpassem e o António denunciasse o nosso contracto, conseguido com tanto esforço após dura competição com o Notas Soltas...
Joaninha, também conhecido um rafeiro de alto QI... tomara eu... quem é que quer um cão de raça, sempre tão estúpidos ao pé de um rafeiro?
Estou completamente de acordo com a equação.
A todos os níveis em que é esperado um dado comportamento deve haver a lógica de Recompensa*Penalização.
Hoje ficámos a saber que a CGD emprestou muitos €s a alguns correligionários para adquirirem acções do BCP. A intenção é patente e a CGD é potencialmente lesada. Mesmo sem saber se tal empréstimo é legal parece-me indecorosa a interferência da CGD na vida do BCP.
Em qualquer circunstância o assunto vai ser branqueado e de certeza que não irá haver penalização.
António
Que sistema de educação é este em que uma professora leva um processo disciplinar apenas porque um pai discorda da palavra "treino" e acaba sendo salva pelo avô?
Quais as competências dos senhores da comissão de inquérito? Não me digam que são professores!
Parecem burros sentados, sem ofensa para estes que não têm culpa.
O pai do miúdo é que tinha limitações e para averiguar da justeza ou não da palavra treino não deveria ter sido necessário chamar o avô.
A comissão de inquérito pertence ao sistema de penalizações mas nem os seus elementos nem o pai foram penalizados por terem posto a professora em risco de um modo tão estúpido. Um acaso o avô aparecer a afirmar que o seu filho não vê...
Os professores costumam ser assim tão desautorizados?
Alf? Ah! O seu texto! Não reparei, estava entretido a falar com a Joaninha... agora que refere, interessante o seu texto.
Felizmente você não tem por cá os encasacados e engravatados que comentam lá no blog do Manuel, pelos menos os que aparecem assim que eu comento... aqui posso ser brejeiro e superficial.
Disciplina e castigo, dogmaticamente expostos, geram medo, e o medo gera hostilidade. Tal hostilidade pode não ser consciente e manifesta, mas, apesar disso, paralisa o esforço e a autenticidade do sentimento. A disciplina extensiva imposta às crianças é prejudicial e impede o desenvolvimento psíquico sadio.
Uma criança não pode impor ao adulto só por ser uma criança, nem pode a criança suportar a pressão que de várias maneiras o adulto lhe impõe.
Liberdade não significa licença.
PS: Gostei de passar por aqui. Obrigado
Paulo
António
eh eh ... pode e deve!!!!
Paulo sempre
Inteiramente de acordo. Obrigado pelas palavras amáveis.
Apesar de achar uma análise interessante, acho que há outros factores a ter em conta. Ensinar um animal não é o mesmo que ensinar uma pessoa.
Eu sou mais apologista do construtivismo, do que do behaviorismo. E os factores internos de cada um? Somos "tábuas rasas"??
Para além do castigo e da recompensa, que aqui se encontram muito bem retractados, é necessário explicar à criança o porquê das coisas, desenvolver o espírito crítico, o sentido moral.
Kohlberg fala de três níveis morais e no nível mais avançado, e mais raro, os comportamentos humanos poderão ser regulados por princípios, independentemente da recompensa ou do castigo.
Beijinhos com valores***
feitixeira
Tens ideias aprendidas sobre este assunto, bem instaladas no teu inconsciente, que te estão a bloquear o perfeito entendimento do que estou a dizer eheheh.
Para educar uma pessoa convém (não é indispensável)apresentar uma razão que a pessoa aceite.
Se as pessoas não aceitassem que o cinto de segurança traz vantagens, seria mais dificil convence-las a usar, as multas teriam de ser mais altas.
Agora, a razão que se usa para convencer não tem de ser "racional". O que ela tem de conseguir é ser aceite pelo Inconsciente.
Por exemplo, uma razão pode ser: "porque assim ganharás o Céu".
Neste caso é claro que o incosnciente corre atrás da recompensa e a razão fica parada.
O Inconsciente pode "aprender", de forma perfeitamente behaviourista, que se não obedecer ao chefe lixa-se. Por isso, fruto dessa aprendizagem, as pessoas cumprem ordens.
Da mesma forma, O Inconsciente pode aprender a obedecer a "princípios". Os "princípios" não são construções elevadas do espirito, são regras gerais que convêm a uma determinada sociedade em determinada altura.
o Inconsciente tem constantemente de tomar decisões e para isso recorre a elementos como a credibilidade da fonte de informação.
Por exemplo, eu digo que o CO2 não causa efeito de estufa mas a ciencia que passa nos media diz que sim; o inconsciente das pessoas, não tendo elementos para saber se o CO2 causa ou não efeito de estufa, toma como certo o que é afirmado pela fonte que considera credível.
Na tua cabeça estará a ideia de que o Inconsciente é algo primitivo, que se rege por objetivos primários. Nada mais errado.
São objectivos do consciente sentirmo-nos amados pelos outros, sentirmos que somos úteis, e mais umma panóplia de coisas que nos movem para uma sociedade melhor.
As pessoas carentes de amor tornam-se incapazes de amar - ser amado é a recompensa de amar, se o Inconsciente aprende que essa recompensa não existe, deixa de agir em direcção a ela - mas nota que está programado no Inconsciente que ser amado é uma recompensa; sem obter essa recompensa o Inconsciente devolve a sensação de "infelicidade".
Embora mais sofisticados, nem mesmo nisto somos muito diferentes dos animais, pois não? Somos apenas mais sofisticados, mas não somos diferentes, somos apenas a continuação...
Alf,
O inconsciente actua em todas as pessoas, fazendo-as mover-se em torno de pulsões, maioritariamente associadas aos seus medos.
A racionalidade é um mito, pois as decisões têm uma componente emocional, como provou António Damásio.
Porém, o comportamentalismo não explica todo o comportamento humano. Somos mais do que recompensa x castigo. A ideia de que somos seres salivantes à espera de um bife para mim é errada.
É obvio que a recompensa funciona como motor de motivação nos vários estadios de desenvolvimento, mas a componente individual também interfere.
Também é verdade que o medo muitas vezes coage comportamentos. Mas é igualmente verdade que determinadas pessoas têm a capacidade de se motivar a si mesmas, de se recompensar ou punir,de agir de acordo com as ideias que defendem, independentemente das sanções sociais.
O factor personalidade tem também de ser tido em conta... é um mediador entre o estímulo e a resposta. É a "caixa negra"!
Beijinhos personalizadores***
Feitixeira
O teu conceito de Inconsciente não é o meu. Inconsciente para mim é todo o processamento que o cérebro faz e de que eu não tenho consciencia.
Como o teu computador - o inconsciente é tudo o que se passa no microprocessador e tu não sabes, só sabes o que ele decide pôr no ecran, em obediência ou não a um comando teu.
a personalidade é Inconsciente. provavelmente pensarás que ela é uma construção tua. Só uma pequenina parte dela é obra tua, ou dos teus educadores. E essa parte foi incorporada na tua personalidade porque o teu inconsciente o aceitou, porque foram usados os mecanismos adequados.
A tua personalidade resulta em parte dos genes, em parte da tua altura de nascimento. Não acreditas? Mesmo eu, que sou um nabo , não tenho grande dificuldade em identificar o signo de uma parte significativa das pessoas só por olhar para elas alguns minutos, alguns segundos às vezes. Já vês, se a personalidade fosse uma construção nossa, isso não seria possível...
Perceber isso é muito importante nas relações humanas - temos personalidades diferentes, há um leque de personalidades, com características bem definidas e tipicas, e cada um tende a achar que a sua personalidade é a "correcta"; se não conhecermos esse leque de personalidades, que não é nada que a psicologia ocidental conheça, não entendemos o quadro em que se movem as outras pessoas.
O António Damásio diz basicamente o mesmo que eu - a afectividade é um processo do inconsciente, não se gosta ou deixa de gostar, não nos emocionamos com isto ou ficamos indiferentes aquilo, comandados pela Razão.
Mas nota que há muitas maneiras de interagir com o Inconsciente - por exemplo, o hipnotismo! - mas o facto de podermos usar a razão para "convencer" o Inconsciente a agir de determinada maneira não significa que seja a Razão que nos comanda. Mas isto também implica a nossa responsabilidade pelos nossos actos, teoricamente temos sempre a possibilidade de assumirmos o controle pela Razão...
... mas se a policia deixar de multar os excessos de velocidade, deixamos de os cumprir, não é?... se pudermos ficar invisiveis vamos fazer umas coisas que doutra forma não fariamos, não é?...
O Inconsciente não é apenas o medo, nem apenas os instintos, é muitissimo mais do que isso. Um músico que está a executar uma peça não está a usar o consciente nem a razão; ele pensa qual é a nota que vem a seguir? Não. O papel do consciente é apenas decidir se continua a tocar ou não.
mas mesmo os instintos não são comportamentos primários, longe disso. O Instinto maternal das femeas, ou o territorial dos machos, determinam grande parte dos nossos complexos comportamentos.
E como já disse, o Inconsciente está programado para nos conduzir a uma sociedade solidária, mais numas pessoas que noutras.
ESta história do CO2 tem fundamentalmente o objectivo de educar o Inconsciente das pessoas para preocupações globais. A queima de todos os combustíveis fosseis só elevaria o nivel de CO2 para 0,05%, incapaz de causar qualquer problema climático mesmo que a teoria dos gases de efeito de estufa fosse verdadeira, eu não é. Portanto, todo o alarme em torno do CO2 não tem pés nem cabeça mas tem uma utilidade: consciência global!
E é assim: a gestão da Humanidade faz-se, sempre se fez, recorrendo a Mentiras Convenientes. Com as verdes não resulta, tem de ser algo que actue sobre o Inconsciente.
Acho que não me fiz entender Alf...
"O inconsciente actua em todas as pessoas, fazendo-as mover-se em torno de pulsões, maioritariamente associadas aos seus medos."
Não o estava a reduzir aos medos, apenas a evidenciar a parte a que te referias nos textos: o medo do castigo.
O inconsciente é tudo o que não temos consciência, tudo o que se faz sem pensar;o que controla o que fazemos ou não fazermos, sem nos apercebermos. Nisso estamos perfeitamente de acordo.
Toda a dissertação que fazes nesta última resposta já inclui alguns factos que achava estarem esquecidos no texto, como os factores hereditários e outros que influenciam a personalidade já aumentam a consistência da tua argumentação.
Só achava que faltava o tal mediador entre o estímulo que ocasiona múltiplas respostas e a resposta que pode ser ocasionada por múltiplos estímulos.
Embora uma maioria das pessoas não usasse cinto se não fosse proibido, algumas usariam. Assim como, mesmo havendo multas, algumas continuam a não usar.
Isso depende da forma como cada um interpreta a realidade, essa tal interacção ambiente/indivíduo que provoca reacções diferentes.
Acho que o teu texto tem mérito e as respostas posteriores complementam o que acreditava faltar no corpo do texto. Gostei do debate e da oportunidade para reflectir com atenção a temática enunciada, pelo que desde já agradeço por este momento.
Um beijinho com personalidade;) ***
Feitixeira
Eu é que te agradeço a tua paciência! AS minhas respostas não estão boas, porque este tema tem de ser abordado com mais detalhe para poder ser compreendido.
Em consequencia do teu interesse, estou a pensar em fazer uma série de posts sobre isto.
Aqui só aflorei o assunto e não consegui fazer passar a ideia essencial. Precisaria de detalhar com cuidado para poder ser percebido. Com muito cuidado porque se as pessoas não percebem isso é porque o seu inconsciente o não permite... Achas estranho? lembra-te que os cientistas levaram mais de mil anos para aceitar que a Terra rodava... e, no entanto, isso resulta de um simples raciocinio lógico... impossivel de fazer porque contrário à ideia instalada no incosnciente...
Pela mesma razão os cientistas pensam que o espaço expande... e o que se passa não é isso e é óbvio... e muitas, outras coisas que os cientistas e todas as pessoas pensam, a respeito do Universo ou de nós próprios, completamente erradas e com a resposta certa acessivel por raciocinios simples... no entanto impossiveis porque bloqueados pelo inconsciente.
Só para te tentar fazer suspeitar que o que pensas saber sobre o cérebro, sobre o consciente e o inconsciente, pode não ser bem assim... e já viste a vantagem de uma pessoa ser capaz de ultrapassar a limitação que fez com que os cientistas andassem 1500 anos a garantir que o Universo andava à roda da Terra ou que andem há não sei quantos anos a dizer que o espaço expande?
Agardeço-te a paciencia de teres mantido este diálogo, para mim foi muito util.
Alf,
Dedicar-me-ei à leitura e análise do que escreveres com espírito aberto, mas também crítico.
Acredito em muitas coisas que contrariam tudo o que aprendi e que continuo a aprender.
Acho que todos temos algo a aprender e ensinar, para partilhar portanto.
Se as tuas ideias servirem para me desprender de âncoras,navegarei contigo até à outra margem da realidade.
Beijos a bordo***
feitixeira
este teu comentário é o mais belo e sábio que já recebi. Espelho teu.
Ena! que belo namoro...
...ri-se o voyeur sem decoro! :)
É interessante que, ao ler o texto, me ocorreu de repente esse exemplo do CO2 como bode expiatório ou a tal ameaça do aquecimento para induzir comportamentos mais ambientalmente conscientes!
Mas não me agrada essa ideia de ter de educar pela mentira, isso revela ainda um estado de evolução muito baixo...
E também detesto esse clima de medo induzido por uma visão do castigo, que resultará da não obediência.
There must be better ways...
Anyway... deixei no Rerum Natura agora um link para estes 3 posts sobre educação. Eles fartam-se de discutir isso por lá, assim numa perspectiva muito sábia, claro.
Eu só compreendo que os aspectos emocionais ou afectivos não são suficientemente recompensados no tipo de ensino actual. A jovem Rosa Azul falou na pedagogia Waldorf, mas isso são mesmo raras ilhas, tal como a Escola da Ponte, aqui bem junto da minha aldeia.
Ei! e não há por aí uma Sereia...
Rui leprechaun
(...p'ra me educar à luz da candeia? :))
PS: E viva este blog tão diferente... que eu adoro inconsciente!!! :)
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