quinta-feira, julho 07, 2011
A Islândia e o Tabaco
Segundo acabei de ver nos noticiários, a Islândia pondera passar a vender tabaco apenas nas farmácias e com receita médica, sendo proibido fumar em toda a parte menos na casa de banho de lá de casa e com a porta fechada.
À primeira vista parece-nos um fundamentalismo absurdo. Nem estranhamos muito, afinal, este é um mundo que parece destinado a ser quase sempre comandado por loucos.
Eu tenho por hábito procurar sempre a razão económica por detrás de tudo o que acontece - este é um mundo de interesses.
A Islândia não produz tabaco; logo, todo o tabaco que consuma tem de ser importado. Para importar é preciso dinheiro e, como se sabe, o dinheiro está muito caro para os países pequeninos. Entre tanta coisa que os Islandeses têm mesmo de importar, certamente que numa altura de crise não há espaço para importar tabaco.
Por cá, continua-se a falar de aumentar as exportações. Porreiro. Isso é fácil de dizer, não depende de nós, não é? Toda a gente sabe que as exportações não podem aumentar - aumentar com empresas a pagar o dinheiro caríssimo, a energia caríssima, num país burocrático, impostos que desincentivam o investimento, falta de formação das pessoas e falta de cultura empresarial, uma justiça que não existe? As nossas empresas vão é bazar daqui, vão para Angola, vão para o Brasil, vão para a China - fazem como as pessoas, emigram.
O que nós podemos fazer é diminuir as importações e comprar produto nacional. Se comprarmos nacional já as empresas não precisarão de emigrar. Essa é a nossa responsabilidade. Claro que o Governo devia fazer como todos os outros governos, nomeadamente o Islandês, não nos dar alternativa. Mas não. O Governo prefere cortar o subsídio de Natal e vender as empresas publicas que ninguém vende em país nenhum da Europa.
Estamos como os drogados, que tudo vendem mas não deixam de consumir droga. E vamos acabar como eles. No lixo.
À primeira vista parece-nos um fundamentalismo absurdo. Nem estranhamos muito, afinal, este é um mundo que parece destinado a ser quase sempre comandado por loucos.
Eu tenho por hábito procurar sempre a razão económica por detrás de tudo o que acontece - este é um mundo de interesses.
A Islândia não produz tabaco; logo, todo o tabaco que consuma tem de ser importado. Para importar é preciso dinheiro e, como se sabe, o dinheiro está muito caro para os países pequeninos. Entre tanta coisa que os Islandeses têm mesmo de importar, certamente que numa altura de crise não há espaço para importar tabaco.
Por cá, continua-se a falar de aumentar as exportações. Porreiro. Isso é fácil de dizer, não depende de nós, não é? Toda a gente sabe que as exportações não podem aumentar - aumentar com empresas a pagar o dinheiro caríssimo, a energia caríssima, num país burocrático, impostos que desincentivam o investimento, falta de formação das pessoas e falta de cultura empresarial, uma justiça que não existe? As nossas empresas vão é bazar daqui, vão para Angola, vão para o Brasil, vão para a China - fazem como as pessoas, emigram.
O que nós podemos fazer é diminuir as importações e comprar produto nacional. Se comprarmos nacional já as empresas não precisarão de emigrar. Essa é a nossa responsabilidade. Claro que o Governo devia fazer como todos os outros governos, nomeadamente o Islandês, não nos dar alternativa. Mas não. O Governo prefere cortar o subsídio de Natal e vender as empresas publicas que ninguém vende em país nenhum da Europa.
Estamos como os drogados, que tudo vendem mas não deixam de consumir droga. E vamos acabar como eles. No lixo.
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6 comentários:
A maio droga a que estamos viciados são os políticos que elegemos...
independentemente do motivo que leva a islândia a remeter os fumadores para a sua própria sanita, lamento.
lamento porque tencionava lá ir de férias com uns amigos ver de perto a "revolução" que aquele povo fez e até considerava que se devia lá ir, em massa, para os apoiar nessa luta.
Sou fumadora, pecadora me confesso. Estou impedida de visitar a Islândia. Não sei se irão por aí fora fazer outro tipo de proibições.... sei lá, por exemplo: proibir homossexuais, pretos, brancos, esquisitos... ou até mesmos os vulcões que são deles, deles mesmo, dos próprios islandeses, de cuspirem aquela lava horrorosa por esses céus de toda a europa. Enfim, sinceramente, lamento.
antonio, pois é, habituados como estamos a que cuidem de nós - os reis antigamente, o Salazar, os nosso pais - já não sabemos ter mão nos nossos destinos e, como nada fazemos por ele, não temos qualquer responsabilidade no nosso triste fado, não é verdade? a responsabilidade é toda dos políticos, esses malandros.
Bem, como os políticos são o que são, e por esse lado não parece haver solução, que tal se começarmos nós a fazer qualquer coisa para melhorar o nosso fado?
Por exemplo, não comprarmos batatas francesas, não comprarmos carros alemães - não comprarmos carros de todo, aguentarmos mais uns anitos o que temos, que é o que fazem os dinamarqueses.
Já pensou que se ninguém comprasse BMW, volkswagens e mercedes durante 6 meses a alemanha aparecia logo com uma solução para o problema da dívida soberana? Vê como os problemas são fáceis de resolver? Resolver por nós, nem é preciso os políticos... mas nós não vamos deixar de comprar as batatas francesas, nem o BM novo, pois não?
(note que este comentário não é pessoal, sei que não vai comprar nenhum BM, mas sei que há muita gente a fazê-lo, a começar pelas empresas publicas)
clara branquinho
Os fundamentalismos são detestáveis, mas deixe lá, a avaliar pela atitude anti-tabaco, talvez não seja afinal tão interessante conhecer os islandeses e a sua «revolução» - no final de contas, eles não foram mais do que um BPN gigante que andou a fazer dinheiro nas negociatas e agora faliu e deixou os depositantes estrangeiros a arder; processarem os políticos equivale a processarem os administradores do BPN, não é assim tão revolucionário como isso... parece-me...
E já viu que também andam a perseguir os cigarros electrónicos (não deixam usar nos aviões, por exemplo). Parece que o ar de satisfação do fumador incomoda muita gente... a humanidade é mesmo assim...
Isto faz-me pensar que as restrições à liberdade individual são sempre crescentes em tempo de paz até que dão origem a guerras e então as pessoas reganham a sua liberdade.. temporariamente.
Vejam este link:
http://resistir.info/crise/hudson_24jun11_p.html
clara branquinho
aquilo que disse da «revolução islandesa» não está muito certo... eles foram espertos e temos de aprender algumas coisas com eles..
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