segunda-feira, abril 28, 2008
O Instinto Filial, o CO2 e a Superioridade Ariana
“Tulito, vê lá se concordas com o resultado das minhas últimas observações sobre a condução das sociedades dos humanos.”
“Ah, já chegaste a conclusões? Diz, diz!”
“Primeiro, é preciso identificar qual o instinto, característica, capacidade ou fragilidade dos humanos que é mais usada para os conduzir. Tens alguma ideia sobre isso?”
“Bem, há as técnicas de marketing....”
“Eu também comecei por aí, mas não é isso. O marketing é capaz de influenciar o voto ou uma aquisição, mas dificilmente pode contrariar instintos básicos. Ora conduzir a sociedade humana significa, entre outras coisas, levar as pessoas a sacrifícios duros e prolongados. Não é com técnicas de marketing que se chega a esse ponto sem que estale contestação.”
“Então o que descobriste?”
“Verifiquei que nos humanos há vários programas que deviam funcionar só nos primeiros anos de vida mas que se «esquecem» de desligar.”
“Isso eu sei. Sabias que muitos humanos continuam capazes de digerir o leite em adultos?”
“Sei. Esse é um dos programas que deixou de «desligar». Mas o que interessa para a questão da condução dos humanos é o Instinto Filial.”
“O instinto Filial? Não me digas que continua activo na idade adulta?”
“Em muitos humanos continua. Nas espécies primitivas, os instintos básicos são muito específicos, mas não nas espécies mais avançadas, como os humanos e como nós. Por exemplo, o instinto maternal já não actua exclusivamente em relação aos filhos, podendo abranger qualquer cria. Algo semelhante acontece com o instinto sexual dos machos, que deixou de depender do ciclo ovulatório da fêmea para depender da imagem desta.”
Alita corou um pouco, embaraço que não passou despercebido a Tulito. Este pensou em dizer qualquer coisa a propósito mas, nada lhe tendo ocorrido que considerasse adequado, preferiu evitar o risco de ser inconveniente:
“E é a falta do olfacto que mantém o instinto filial activo na idade adulta?”
“Não sei, mas talvez tenha a ver com o assunto. Como pode uma cria reconhecer a Mãe se não se basear no olfacto ou numa primeira imagem visual, coisas que uma cria humana não dispõe?”
“Bem... o instinto filial irá à procura de um ser poderoso, protector, amante incondicional...”
“Exactamente! Além disso, a infância nos humanos, como em nós, é longa, e o instinto filial tem de manter longamente o juvenil na dependência da Mãe, dum ser que o vai ensinar e proteger. Portanto, é isso que o instinto filial buscará, o ser poderoso, amante incondicional, omnisciente.”
“Isso é a definição de Deus para os cristãos e muçulmanos! Então a religiosidade deles é consequência do instinto filial nos adultos?”
“Espera, não vás tão depressa!” Alita não susteve um riso breve. “Há outras razões..”
“Sim”, interrompeu o Tulito, “ mas a definição de um Deus coincidir com o objecto do Instinto Filial não pode ser consequência!”
“Claro que não. Não te esqueças que as religiões são construídas de acordo com o que eles desejam ou temem.”
“Estou a entender. Concluíste então que as sociedades humanas são conduzidas usando a Religião, sendo esta construída por forma a satisfazer o Instinto Filial!”
“Calma! Estás muito ansioso hoje!” Alita soltou mais um daqueles sorrisos luminosos que tanto desorientavam o Tulito. “Cheguei à conclusão de que o Instinto Filial é usado pelos dirigentes das sociedades humanas de 3 formas.”
“Três formas? Quais são?”
“Uma, já o disseste, é a Religião, ou ou uma pessoa que representa um poder transcendente certificado pela Religião. Outra é o Grande Líder.”
“O Grande Líder? O que é isso?”
“O da Coreia da Norte, por exemplo. Ou o da Venezuela, ou de alguns países em África.”
“Mas esses dirigem usando o controlo da informação, dos empregos e, muitas vezes, da policia e da justiça.”
“Certo, mas só isso não seria suficiente. O Líder tem de satisfazer oInstinto Filial, tem de ter a imagem de um ser omnipotente, omnisciente e desinteressadamente amante do seu povo. Vê o caso de Portugal: Salazar podia continuar indefinidamente no poder porque satisfazia essa imagem; o seu sucessor não. O mesmo acontecerá em Cuba, com a saída de Fidel.”
“Sim, parece-me que tens razão... e qual é a terceira forma?”
“A terceira forma é...” Alita fez uma pausa, exibiu o seu sorriso malicioso, e continuou "O Grande Líder terá sido a primeira forma... depois a Religião... e agora surge... a Ciência!”
“A Ciência? Como é isso?”
“A imagem da Ciência tem vindo a evoluir no sentido de corresponder a essas três características que são objecto do Instinto Filial. Vê como ela criou uma imagem de omnisciência, constantemente anunciando gloriosas descobertas que confirmam, dizem eles, as teorias, vê como até discutem o fim da Física, como se fossem já detentores do conhecimento total.”
“Sim, é impressionante como é possível confundirem a sua imensa ignorância com conhecimento!”
“Não pode ser confusão, tem de ser um processo consciente.”
“Humm... deves ter razão, tem de ser consciente, os verdadeiros cientistas não podem ser tão estúpidos que aceitem coisas como a Inflação ou a matéria negra, ou os sabores dos quarks, ou as flutuações dos neutrinos.”
“Claro, nem mesmo tu admites que a estupidez deles chegue a tanto.” Alita não pôde deixar de sorrir-se, era a primeira vez que o Tulito colocava um limite mínimo para a inteligência dos humanos. “Quanto à Omnipotência, parece claro que os humanos pensam que não há limites para o que a Ciência pode conseguir.”
“Estão convencidos que o método científico deles é uma espécie de gazua do Conhecimento. Tão convencidos que nem se apercebem das óbvias limitações do método deles.”
“Quanto ao amor incondicional, a Ciência está sempre a dar conselhos sobre o que é bom ou mau para as pessoas, não é? Conselhos até demais!”
“Talvez tenhas razão... mas olha, nas minhas pesquisas sobre a treta do CO2 descobri uma coisa que está de acordo com o que dizes: este processo do CO2 é igualzinho ao usado pelos alemães para estabelecer a sua superioridade rácica e o direito a dominarem os outros povos. Também aí foi a Ciência que fabricou as provas antropológicas e as teorias que suportaram essa ideia.”
“Não tinha reparado nisso! Mas tens razão, claro. Tanto num caso como no outro, os líderes ocidentais usaram a Ciência para justificar uma acção. No caso alemão, punha-se o problema da impossibilidade dos recursos alimentares acompanharem o crescimento da população, agora é a dos recursos energéticos.”
“E para a guerra do Iraque também usaram a Ciência.”
“Exactamente. Vejo que estás a acompanhar o meu raciocínio. Nota ainda que a Religião e a Ciência até podiam colaborar, pois esse instinto tem lugar para dois, um Pai e uma Mãe, ou mesmo mais. E até colaboraram durante algum tempo, a Igreja católica a desempenhar o lugar de Mãe através do culto mariano; mas parece que agora querem os dois o papel de Pai...”
“Tens razão, o João Paulo II, procurou separar Ciência e Religião e dar um papel a cada; mas os seguidores da Ciência são arrogantes, consideram que não existe o que ignoram. Este Papa iniciou uma nova estratégia: se só pode haver Um, terá de ser a Igreja.”
Tulito fez uma pausa, pensativo. Com ar preocupado continuou a falar: “Se essas são as três formas de conduzir a sociedade humana, teremos de conseguir sensibilizar uma delas. O Grande Líder é irrelevante. Ficam a Ciência e a Religião. Em qual deveremos apostar? E como fazer?”
“Não é tarefa fácil. A Religião só pode apresentar o Evento a posteriori, como um castigo divino; se o fizesse antes, surgiria aos olhos dos crentes como uma inutilidade, pois se a Igreja não é capaz de suster o braço de Deus, para que serve? Quanto à Ciência, teria de admitir que errou, e isso é algo que me parece impossível. Além de que a Ciência e a Religião não podem ficar desacreditadas, senão os humanos vão ficar à mercê de qualquer vigarista que afirme ser ele a verdadeira voz do Deus que o seu instinto filial tão desesperadamente procura.”
“... está escrito que assim será...”
“... mas eu tenho uma ideia...”
.
“Ah, já chegaste a conclusões? Diz, diz!”
“Primeiro, é preciso identificar qual o instinto, característica, capacidade ou fragilidade dos humanos que é mais usada para os conduzir. Tens alguma ideia sobre isso?”
“Bem, há as técnicas de marketing....”
“Eu também comecei por aí, mas não é isso. O marketing é capaz de influenciar o voto ou uma aquisição, mas dificilmente pode contrariar instintos básicos. Ora conduzir a sociedade humana significa, entre outras coisas, levar as pessoas a sacrifícios duros e prolongados. Não é com técnicas de marketing que se chega a esse ponto sem que estale contestação.”
“Então o que descobriste?”
“Verifiquei que nos humanos há vários programas que deviam funcionar só nos primeiros anos de vida mas que se «esquecem» de desligar.”
“Isso eu sei. Sabias que muitos humanos continuam capazes de digerir o leite em adultos?”
“Sei. Esse é um dos programas que deixou de «desligar». Mas o que interessa para a questão da condução dos humanos é o Instinto Filial.”
“O instinto Filial? Não me digas que continua activo na idade adulta?”
“Em muitos humanos continua. Nas espécies primitivas, os instintos básicos são muito específicos, mas não nas espécies mais avançadas, como os humanos e como nós. Por exemplo, o instinto maternal já não actua exclusivamente em relação aos filhos, podendo abranger qualquer cria. Algo semelhante acontece com o instinto sexual dos machos, que deixou de depender do ciclo ovulatório da fêmea para depender da imagem desta.”
Alita corou um pouco, embaraço que não passou despercebido a Tulito. Este pensou em dizer qualquer coisa a propósito mas, nada lhe tendo ocorrido que considerasse adequado, preferiu evitar o risco de ser inconveniente:
“E é a falta do olfacto que mantém o instinto filial activo na idade adulta?”
“Não sei, mas talvez tenha a ver com o assunto. Como pode uma cria reconhecer a Mãe se não se basear no olfacto ou numa primeira imagem visual, coisas que uma cria humana não dispõe?”
“Bem... o instinto filial irá à procura de um ser poderoso, protector, amante incondicional...”
“Exactamente! Além disso, a infância nos humanos, como em nós, é longa, e o instinto filial tem de manter longamente o juvenil na dependência da Mãe, dum ser que o vai ensinar e proteger. Portanto, é isso que o instinto filial buscará, o ser poderoso, amante incondicional, omnisciente.”
“Isso é a definição de Deus para os cristãos e muçulmanos! Então a religiosidade deles é consequência do instinto filial nos adultos?”
“Espera, não vás tão depressa!” Alita não susteve um riso breve. “Há outras razões..”
“Sim”, interrompeu o Tulito, “ mas a definição de um Deus coincidir com o objecto do Instinto Filial não pode ser consequência!”
“Claro que não. Não te esqueças que as religiões são construídas de acordo com o que eles desejam ou temem.”
“Estou a entender. Concluíste então que as sociedades humanas são conduzidas usando a Religião, sendo esta construída por forma a satisfazer o Instinto Filial!”
“Calma! Estás muito ansioso hoje!” Alita soltou mais um daqueles sorrisos luminosos que tanto desorientavam o Tulito. “Cheguei à conclusão de que o Instinto Filial é usado pelos dirigentes das sociedades humanas de 3 formas.”
“Três formas? Quais são?”
“Uma, já o disseste, é a Religião, ou ou uma pessoa que representa um poder transcendente certificado pela Religião. Outra é o Grande Líder.”
“O Grande Líder? O que é isso?”
“O da Coreia da Norte, por exemplo. Ou o da Venezuela, ou de alguns países em África.”
“Mas esses dirigem usando o controlo da informação, dos empregos e, muitas vezes, da policia e da justiça.”
“Certo, mas só isso não seria suficiente. O Líder tem de satisfazer oInstinto Filial, tem de ter a imagem de um ser omnipotente, omnisciente e desinteressadamente amante do seu povo. Vê o caso de Portugal: Salazar podia continuar indefinidamente no poder porque satisfazia essa imagem; o seu sucessor não. O mesmo acontecerá em Cuba, com a saída de Fidel.”
“Sim, parece-me que tens razão... e qual é a terceira forma?”
“A terceira forma é...” Alita fez uma pausa, exibiu o seu sorriso malicioso, e continuou "O Grande Líder terá sido a primeira forma... depois a Religião... e agora surge... a Ciência!”
“A Ciência? Como é isso?”
“A imagem da Ciência tem vindo a evoluir no sentido de corresponder a essas três características que são objecto do Instinto Filial. Vê como ela criou uma imagem de omnisciência, constantemente anunciando gloriosas descobertas que confirmam, dizem eles, as teorias, vê como até discutem o fim da Física, como se fossem já detentores do conhecimento total.”
“Sim, é impressionante como é possível confundirem a sua imensa ignorância com conhecimento!”
“Não pode ser confusão, tem de ser um processo consciente.”
“Humm... deves ter razão, tem de ser consciente, os verdadeiros cientistas não podem ser tão estúpidos que aceitem coisas como a Inflação ou a matéria negra, ou os sabores dos quarks, ou as flutuações dos neutrinos.”
“Claro, nem mesmo tu admites que a estupidez deles chegue a tanto.” Alita não pôde deixar de sorrir-se, era a primeira vez que o Tulito colocava um limite mínimo para a inteligência dos humanos. “Quanto à Omnipotência, parece claro que os humanos pensam que não há limites para o que a Ciência pode conseguir.”
“Estão convencidos que o método científico deles é uma espécie de gazua do Conhecimento. Tão convencidos que nem se apercebem das óbvias limitações do método deles.”
“Quanto ao amor incondicional, a Ciência está sempre a dar conselhos sobre o que é bom ou mau para as pessoas, não é? Conselhos até demais!”
“Talvez tenhas razão... mas olha, nas minhas pesquisas sobre a treta do CO2 descobri uma coisa que está de acordo com o que dizes: este processo do CO2 é igualzinho ao usado pelos alemães para estabelecer a sua superioridade rácica e o direito a dominarem os outros povos. Também aí foi a Ciência que fabricou as provas antropológicas e as teorias que suportaram essa ideia.”
“Não tinha reparado nisso! Mas tens razão, claro. Tanto num caso como no outro, os líderes ocidentais usaram a Ciência para justificar uma acção. No caso alemão, punha-se o problema da impossibilidade dos recursos alimentares acompanharem o crescimento da população, agora é a dos recursos energéticos.”
“E para a guerra do Iraque também usaram a Ciência.”
“Exactamente. Vejo que estás a acompanhar o meu raciocínio. Nota ainda que a Religião e a Ciência até podiam colaborar, pois esse instinto tem lugar para dois, um Pai e uma Mãe, ou mesmo mais. E até colaboraram durante algum tempo, a Igreja católica a desempenhar o lugar de Mãe através do culto mariano; mas parece que agora querem os dois o papel de Pai...”
“Tens razão, o João Paulo II, procurou separar Ciência e Religião e dar um papel a cada; mas os seguidores da Ciência são arrogantes, consideram que não existe o que ignoram. Este Papa iniciou uma nova estratégia: se só pode haver Um, terá de ser a Igreja.”
Tulito fez uma pausa, pensativo. Com ar preocupado continuou a falar: “Se essas são as três formas de conduzir a sociedade humana, teremos de conseguir sensibilizar uma delas. O Grande Líder é irrelevante. Ficam a Ciência e a Religião. Em qual deveremos apostar? E como fazer?”
“Não é tarefa fácil. A Religião só pode apresentar o Evento a posteriori, como um castigo divino; se o fizesse antes, surgiria aos olhos dos crentes como uma inutilidade, pois se a Igreja não é capaz de suster o braço de Deus, para que serve? Quanto à Ciência, teria de admitir que errou, e isso é algo que me parece impossível. Além de que a Ciência e a Religião não podem ficar desacreditadas, senão os humanos vão ficar à mercê de qualquer vigarista que afirme ser ele a verdadeira voz do Deus que o seu instinto filial tão desesperadamente procura.”
“... está escrito que assim será...”
“... mas eu tenho uma ideia...”
.
Etiquetas:
O Evento,
Os Humanos
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31 comentários:
As religiões ainda não se conseguiram libertar dos problemas da Ciência e querem ter sempre uma palavra de validação sobre os entendimentos desta. Por exemplo contestaram primeiro tendo depois aceite, e integrado o Big Bang. Ficam comprometidos.
Eu, se fosse crente em Deus, separaria as águas. A Deus o que é de Deus e a César o que não é de Deus.
A Igreja ficaria mais à vontade se não se comprometesse com pontos de vista mundanos.
A Ciência é autista, só vê para dentro e quer gastar à sua vontade os recursos de todos.
A sociedade civil há-de um dia tornar-se adulta. Capaz de exigir explicações, responsabilizar-se pelo seu futuro. Até hoje tem ficado de cócoras perante o poder e diz 'faça-se a tua vontade'.
há-de vir o tempo em que será entendimento 'o poder somos todos nós, unidos pela net'
unidos pela dúvida, e crentes no colectivo.
será essa a ideia que queres anunciar ?
Eu ainda vejo a sociedade muito adolescente. à mercê dos seu desejos primários. Não sei se já haverá maturidade a um nível generalizado.
Espero que o futuro esteja já aí.
e que entretanto não matem a net, porque esta é o instrumento da mudança.
'na mouche',como sempre, sobre o instinto filial.
ora venha mais luz sobre a luz.
anonimodenome
Gostei dessa de "'o poder somos todos nós, unidos pela net'
unidos pela dúvida, e crentes no colectivo."
Eu penso que o grande problema da humanidade é conhecer-se. "Conhece-te a ti mesmo". Temos uma compreensão simplória e inúmeras ideias erradas a respeito do que somos, do que nos move, do que precisamos, das nossas diferenças e semelhanças.
Vivemos em grande isolamento, pois o nosso tempo é gasto em inúmeras tarefas solitárias e o convívio é superficial e distante. Assim, não nos descobrimos. A net ajuda-nos a ultrapassar as barreiras à comunicação e a construirmos verdadeiras "aldeias". A Net pode pois servir para nos conhecermos melhor e nada é mais importante para o futuro da humanidade do que isso.
Porque, na verdade, somos tão misteriosos e colectivamente poderosos como ... o Sol!
Caro Alf, continuo a sugerir-lhe que o seu tipo de post – diálogo tipo nova aventura dos cinco – torna o texto cansativo.
Quanto a «Deus» é a imagem do chefe primata todo poderoso que nós perdemos quando descemos da árvore.
Quanto ao post anterior, o desvio para o vermelho das estrelas mais distantes não significa nenhum afastamento nem nenhum efeito Doppler.
O sol ao meio-dia é amarelo e ao amanhecer e ao fim da tarde é vermelho. Isto não significa que o sol se está a afastar. Significa que a luz atravessa mais atmosfera de manhã e ao entardecer do que ao meio-dia. Da mesma forma, as estrelas, quanto mais distantes, mais a sua luz atravessa poeiras e gases, donde o menor comprimento de onda é absorvido ou transforma-se em maior comprimento de onda. Não há Big bangs!
diogo
Deus é subtil... a explicação das coisas nunca é a primeira ideia que nos ocorre.
Nós não perdemos a imagem do chefe primata todo poderoso - ela está por todo o lado na nossa sociedade. O que não quer dizer que você não tenha razão em relação a um determinado tipo de crente. Esse é fácil de compreender. Mas há outros crentes, movidos por razões que não podem ser essa. E que são pessoas muito inteligentes e cultas, a ideia de que os crentes são algo "burros" não é necessariamente verdade.
Quanto ao estilo ser cansativo, talvez o problema seja mais do escritor do que do estilo.
diogo
afinal voce é crente... acredita que não houve bigbang ponto final! Porque a explicação que apresenta para o desvio para o vermelho não tem jeito nenhum.
Não se trata de absorção nenhuma, é mesmo um desvio de frequência: em grande parte, a luz é produzida (absorvida) por saltos electrónicos que emitem (e absorvem) luz em frequências precisas e bem conhecidas. Quando se "abre" o espectro da luz, essas frequências surgem como riscas intensas (emissão) ou escuras (absorção).
Quando se observam as estrelas distantes, essas riscas espectrais têm frequências mais baixas do que as geradas aqui.
É portanto, um desvio da frequência da luz; equivalente à frequência de uma emissão rádio surgir no receptor numa frequência mais baixa (por exemplo, sintonizar a Antena 1 em Lisboa em 95,5MHz em vez dos 95,7MHz, ou a TSF em 89,4MHz em vez de 89,5)
Uma explicação clara e curta em:
http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo1/modulo3/topico3.php
Pode ver como fazer facilmente um espectógrafo com um CD em:
http://www.scienceinschool.org/2007/issue4/spectrometer
Como este desvio de frequência pode ser consequência da velocidade relativa fonte-receptor (efeito Doppler), na realidade, este é o único processo conhecido de o produzir, daí a ideia de que os astros distantes se estão a afastar... mas Deus é subtil...
O fim da fisica... hum... isso não me parece muito credivel...
Não estou a ver a igreja ceder...
O bom talvez fosse as duas partes trabalharem juntas, haver uma cedencia por parte dos dois lados, mas não sei...
metódica
vez em quando, surgem cientistas a afirmarem que a Física está praticamente concluída.
Umm livro muito interessante,"Quanta Grãos e Campos" de dois colaboradores de Louis de Broglie, J. Andrade e Silva e G. Lochak, refere que o famoso William Thompson, Lord Kelvin, afirmou que a física lhe parecia um conjunto perfeitamente harmonioso e, no essencial, acabado; apenas via no horizonte «duas pequenas nuvens negras». Isso foi antes da Relatividade e da Mecânica quantica.
O ano passado vi uma declaração semelhante do director do CERN. E recentemente realizou-se um congresso em Lisboa, suponho que na Gulbenkian, em que o tema era exactamente o fim da Física.
Como é que surge uma ideia tão imbecil em cabeças tão brilhantes?
A Física vai construindo modelos matemáticos sobre as observações; já fiz um post sobre isso, apresentando uma analogia com o "fitting" de uma curva por um conjunto de pontos; isso é sempre possivel se o numero de parâmetros for igual ao número de pontos menos 1. Então o que acontece? os físicos vão inventando parâmetros, sempre na expectativa de comprovarem depois a sua existência; e acabam tendo uma teoria que acerta com todas as observações mas em que a prova de cada parâmetro introduzido é o parâmetro seguinte e assim sucessivamente até ao último. Na cabeça dos Físicos existe então a ideia que basta provar o último parâmetro para que todos os outros fiquem demonstrados e a Física encerrada.
é por isso que para eles há apenas umas pequenas nuvens negras no horizonte.
Por exemplo, no caso da teoria atómica, falta sempre descobrir uma última partícula; mas a realidade é que até hoje ainda ninguém conseguiu provar que existe o neutrino, que é uma partícula na base de toda a teoria atómica. Para explicar esta indetectabilidade vão inventando coisas mirabolantes, como flutuações de estado.
A verdade é que se o neutrino não existe, então toda a teoria atómica se desmorona.
E é isto que tem sucedido e vai voltar a suceder.
Mas isso não é nenhum drama, porque isso só acontecerá quando surgir a nova teoria- é um pouco como a mudança da pele das cobras, a pele velha só cai qd a nova está pronta...
o drama está em que os Físicos que fizeram a sua carreira sobre a velha teoria nunca aceitarão a nova. Esta "mudança de pele" é um processo muito difícil.
metódica
acerca da colaboração... a colaboração amigável nem sempre é a melhor solução. Veja o caso dos tribunais: os advogados de defesa e acusação não podem colaborar, não é?
Estamos numa era que caminha para grandes monopólios e isso é extremamente preocupante.
A Ciência tem uma única voz; o caso do CO2 mostra bem como isso é perigoso. As pessoas fora da ciência podem não saber que os modelos climáticos usados na teoria do aquecimento global não têm nuvens, o que os inutiliza, mas sabem de certeza que uma consequência inultrapassável seria a subida dos oceanos - a Quercus até deu espectáculo na baixa por causa dos 6 metros que as águas iam subir.
Ora as águas não subiram nem um centimetrozinho. E, nesta altura, já deveriam ter subido muitos centímetros. As provas da fraude estão à vista de toda a gente. E, apesar disso, é inutil alguem tentar dizer que se trata de uma fraude, porque a ciência não pode ser contestada.
Este poder imenso que a ciência tem de enganar as pessoas, de que fala este post, acaba fatalmente usado para os fins errados - para justificar uma guerra qualquer, um abuso de poder qualquer.
A colaboração é uma ideia muito aliciante.. se o ser humano fosse diferente.. mas assim... zangam-se as comadres, sabem-se as verdades... o melhor será a competição...
Hummm...
Delicioso !
Mas quem foi que há uns tempos atrás me "desancou" por não separar a ciência dos seus produtos e do uso que deles se faz ?!
Disse o Alf na altura que o "hábito não faz o Monge". Discordei. Disse que qd se perfilam todos da capuz enfiado para a fotografia eu, leigo, não tenho forma de saber quem é quem quando vestem todos o mesmo hábito.
Ora vejo que afinal tb partilhamos essa perspectiva, apesar do gozo quenos dá ser do contra...lol...
O post está óptimo.
Um abraço
manuel
obrigado pelo seu estimulante comentário! Veio mesmo em boa altura, porque aqui o "jorge" andava com dúvidas sobre o que fazer com as coisas que sabe... com ideias perigosas como deitar tudo para o lixo e gozar a vida.
Eu, do contra?! Pode crer ehehe!
Tenho uma vaga ideia desse comentário mas já não sei localiza-lo. Mas podia estar a falar noutro sentido... mas lá que a sua frase está certa, sem dúvida!
Um abraço e obrigado
Alf:
As respostas aos comentários da Metódica falam de coisas de que muita gente já se esqueceu ou que, no caso dos alunos do nosso secundário ou mesmo já das faculdades, nem sequer conhece, tal o silêncio escamoteador que o candidato a Pai (o paralelismo está bem claro no texto, parabéns!) chamado Ciência (A Objectividade Científica) faz à sua volta para melhor se poder impor. E fá-lo com uma extraordinária eficácia, devo dizer-lhe, que as cabeças custam a ultrapassar os limites da vulgata e do lugar-comum.
Fico à espera do resto.
Um abraço.
prontos! Agora é que vou mesmo deixar de beber leite!
Hoje mesmo reparava que durante a minha estadia em Israel, nunca bebi leite e como me senti muito bem. Coincidências!
Existe um erro na sua análise. A salvação de que a Igreja trata é a da alma. Se o evento se concretizar isso será a reunião com o Criador. Somos o grão de mostarda, que tem que primeiro de morrer para gerar uma planta nova.
Alf,
Lá recebi a sua encomenda e já mandei para a produção...:)
Quando estiver pronta mando-lhe um fax !
:))
Abraço.
joaquim simões
Obrigado pelas suas palavras. E é bem como diz. E assusta. Assusta-me que se esteja a ensinar às crianças de liceu as propriedades maléficas do CO2. Continua a não haver a mínima prova científica disso, mas que interessa isso aos objectivos de quem fala em nome da ciência?
antónio
Bem vindo de volta!
Olhe que ha´muitas pessoas onde a proteina que digere o leite foi "desligada"... pode ser o seu caso.
Quanto ao grão de mostarda... já pensei isso, sabe? Que este processo repetitivo catastrófico pode ser um motor da evolução, o "bater do coração" do próprio processo evolutivo. E até tem sido, mesmo em relação ao Homem - já viu durante quantos milhares de anos o Homem não originou nada de relevante e de repente, há menos de dez mil anos, há um brutal desenvolvimento da sociedade humana?
Mas depois descobri outra coisa: o próximo salto evolutivo vai ser forçado pelo desafio de enfrentar o acontecimento e não pelas suas consequências.
manuel
fico à espera ansioso!
Um abraço
“Assusta-me que se esteja a ensinar às crianças de liceu as propriedades maléficas do CO2.”
Nem todos o estão a fazer, Alf! Mas reconheço que é difícil remar contra a maré, até porque todos os livros de ciências disponíveis no mercado (para o secundário) afinam pelo mesmo diapasão.
Alf, o evento já foi anunciado por Isaías (65,17): "Olhai, Eu [Deus] vou criar um novo céu e uma nova terra;"
para acolher (digo eu),
Ezequiel (37) profetiza sobre os ossos secos: "Eis que vou introduzir em vós o sopro da vida para que revivais."
Como vê não existe nada a temer, novos céus e novas terras serão criados para acolher os justos. (pelo menos os justos não têm nada a temer)
apache
parabéns, estou a imaginá-lo a tentar deixar a dúvida na cabeça dos seus alunos. Actividade perigosa essa... até porque a maioria esmagadora dos alunos não quer dúvidas, quer certezas.
Mas há sempre um aluno que daqui a muitos ainda se vai lembrar daquele professor que fazia pensar...
E cuidado - actualmente não se pode contestar as "verdades" científicas como anteriormente não se podiam contestar as "verdades" religiosas.
antónio
o evento está descrito mas não é aí... tem de ir mais para a frente à procura... aos evangelhos.
...e, sabe, o "braço colérico de Deus" não distingue justos de injustos (no terramoto de Lisboa arderam as Igrejas e salvaram-se os lupanares)
Mas tem razão quando diz que não existe nada a temer... porque o temor não serve para nada, o que é preciso é enfrentar a adversidade.
Meu caro os Evangelhos são a recapitulação da história da Salvação, praticamente tudo foi antecipado pelos grandes profetas, o enfoque é que muda radicalmente (o tal Deus colérico), mas não se esqueça da parábola do grão de mostarda: é preciso morrer primeiro...
Meu querido Alf, é bem como dizes, os teus posts são só o ponto inicial das conversas interessantes que se geram nos comentários...
Só para continuar essa conversa do ensino da ciência e os equivocos cada vez mais espalhados nas cabeças dos nossos jovens, vou contar-te uma história de há dias.
Estávamos a ver a 2, eu e os miudos e estava a dar uma série animada sobre o ambiente... a determinada altura tive de dizer - não ouçam, não ouçam nada do que ele está a dizer!
"porquê mamã?" - foi a pergunta
"porque é mentira, ou melhor, pode ser mentira e não quero que acreditem em tudo o que ele está a dizer com tanta certeza..."
"E como é que sabes isso mamã?"
"Olha li, pensei, tirei conclusões e achei que as coisas não são bem assim!"
"Mas se eles estão a dizer na televisão é verdade, só pode!..."
Não quiseram ouvir mais nada, nem sequer pensar mais nada.
As certezas são bem mais atraentes que as duvidas. MAs sabes, a primeira coisa que me disse um professor da Universidade foi que não existem certezas absolutas, a maior certeza que existe é a de que não existem certezas.
E isto é o que digo aos meus filhos. Mas depois tenho o duplo trabalho de desconstruir o que ouvem na televisão e na boca dos professores e do que lêm nos livros...
É muito dificil ser-se pai, é muito dificil ser-se inteligente hoje em dia...
Indomável
Sempre foi, cara amiga, sempre foi... é tão mais fácil seguir a "mainstream"... e as crianças são "crentes" por instinto, estão na fase de descoberta do mundo e acreditam em quem? Ora, no ser que o seu instinto filial elege como sendo o progenitor, ou seja, o ser mais poderoso que encontram - a televisão obviamente!
E como a mesma informação lhes é repetida pela escola e pelos colegas, só podem duvidar de ti, não é?
Que fazer? Olha, talvez ensina-los apenas a duvidar. Será que é mesmo assim? Durante quase dois milénios também disseram que o Universo girava à volta da Terra... isso não são certezas, são teorias.
E não insistas muito. Mais tarde, de repente, a mente deles vai encontrar um ponto de falha na coisas que lhe asseguram hoje ser verdade; e, nessa altura, a dúvida que suavemente lhes fostes instigando desabrochará com todo o vigor.
a última sobre o aquecimento global: uns cientistas alemães desenvolveram um modelo entrando com as correntes marítimas, creio eu, que prevê um arrefecimento durante uma década!!!
Ou seja, o arrefecimento está aí, é inegável, de maneira que martelaram o modelo para ele agora prever arrefeciemento, durante algum tempo, voltando depois ao tenebroso aquecimento.
E, daqui a 10 anos, martelarão o modelo de novo para dar mais 10 anos de arrefecimento, porque o arrefecimento depende da actividade solar e esta deve diminuir durante umas 4 décadas, embora seja uma diminuição muito pequena porque a actividade tem uma tendencia de fundo crescente
...surgem cientistas a afirmarem que a Física está praticamente concluída.
Essa agora! Esta para mim é nova... e divertida!!! :)
Deveras, sabe-se lá quantas leis da natureza ainda estão para descobrir e quantas mais há por aperfeiçoar e melhor compreender.
Mas por certo, não terá sido nenhum grande nome da ciência que produziu uma afirmação tão atrevida...
Quanto a essa ideia filial, é natural, pelo menos em relação ao conceito de Criador, que é equivalente a pai e mãe... irmão e amigo também! :)
Twameva mata cha pita twameva
Twameva bandhu shasukha twameva
Twameva vidya dravinam twameva
Twameva sarvam mama deva deva
Bhakti, Prema, Love, Devotion & Surrender!
Se me ofereceres, com amor e devoção, uma folha, uma flor, fruta ou água, Eu aceitarei essa oferenda!
"Bhagavad Gita"
A Ciência tem uma única voz; o caso do CO2 mostra bem como isso é perigoso.
Hummm... não é bem assim, e a controversa questão do futuro climático da Terra até a ilustra muito bem. De facto, eu nem sei quem é que está aqui em maioria, tantas são as vozes de um lado e do outro...
Logo, não diria que a ciência é tanto um monopólio como talvez mais um oligopólio. E aí tem por certo muitas semelhanças com a religião, em termos de hierarquia. Sendo que as pseudo-ciências, ou pelo menos as teorias e modelos propostos por cientistas mas encarados com muita suspeição, serão aqui as novas seitas, numa comparação algo grosseira, mas enfim...
Assim sendo, ela não é propriamente monocórdica, mas por vezes é mesmo preciso perseverar anos a fio para poder ser ouvido... nem tanto tempo demora a cobra a mudar o seu vestido! :)
...a maior certeza que existe é a de que não existem certezas.
Mas que grande exagero, bravo e fero! :)
Claro que existem certezas... a de Ser e de viver, mai-la de um dia morrer!
De resto, se eu só souber de Eros e Philos o prazer...
Rui leprechaun
(...sou tão sábio que nem eu mesmo posso crer! :))
Só sei que nada sei... excepto um pouco sobre o Amor!
Sócrates... de Diotima, a Mestra-Flor ;)
leprechaum
Ainda não há muito um conhecido jornalista científico deu uma, conferência em Lisboa sobre isso; e eu li declarações dum director do CERN a dizer isso.
para muitos cientistas, como acontece com os ateus, o que desconhecem não existe; logo, concluir a Física é concluir as teorias que têm em cima da mesa; como eu já disse noutros posts, estas teorias são um empilhados de hipóteses sobre hipóteses- se conseguirem provar a última hipótese, toda a teoria fica provada e a Física encerrada.
No caso do modelo atómico, «basta» encontrar o bosão de Higgs para isso suceder.
São muito "tapados" estes físicos...
quanto ao CO2 é praticamente só na net que surgem as vozes dissonantes - porque ainda ninguém conseguiu controlar a net. Alguma vez viu na TV alguém contestar a teoria do aquecimento global? Não, pois não? Ainda esta terça houve uma conferência na Gulbenkian em que só a versão "oficial" apareceu.
Cientista que critica essa teoria é mandado silenciar. Quem depende da ciencia para sobreviver não se atreve. Salvo raríssimas excepções.
Quanto a certezas, falo de outro tipo de certezas, de um outro «universo»...
Ah! a famosa "partícula de Deus", até o José Rodrigues dos Santos escreveu um livro sobre isso, que eu bem gostaria de ler.
Por outro lado, será então que a realidade é mais estranha que a ficção? Por exemplo, os famosos livros do Dan Brown, em que o Vaticano está no centro da trama, também serão uma forma de agitar as águas e revelar aos leigos um certo conhecimento algo fluido e comummente inapreensível? Hummm... mas os sábios literatos dizem tão mal de tudo isso...
Ainda a propósito do tal bosão e a anunciada experiência no CERN, nunca percebi por que razão lhe chamam pomposamente "partícula de Deus". Sei apenas que tem a ver com a massa das outras partículas e até é algo grande à escala elementar, ao que leio. Mas então esse nome popularizado tem talvez o significado de que a ciência é o novo Deus omnisciente afinal, e descoberto o misterioso bosão tudo bate certo... e já não há segredos em aberto!
Ou o fim da Física, segundo o esperto... ;)
Ora assim, vou compreendendo melhor essa crítica velada aos tais teóricos matemáticos que o Copérnico tanto temia... Interessante então, a que prodígios da imaginação nos leva a irrequieta razão nos voos da enfatuada ilusão...
Por fim, já que me apaixonei tanto pelo pensamento do antigo Oriente, tudo isto me faz lembrar esse grandioso conceito de Maya ou da irrealidade última deste Universo material aparentemente tão sólido. Afinal, vai-se ver e parece ser feito de nada ou quase nada. Partículas diminutas e ondas de luz e radiação... protão, neutrão e electrão...
Rui leprechaun
(...mai-lo o mítico bosão! :))
Outra piada gira sobre o tal instinto filial... quem me quer bem, afinal!? :)
Dizia um homem para o amigo:
– Estou envolvido numa enorme batalha de custódia. A minha mulher não me quer, e a minha mãe não me aceita de volta.
LOL !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
E a minha Sininho que não vem... calha bem! ;)
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