quarta-feira, outubro 05, 2011
Que fazer quando tudo arde
Ana Sá Lopes fez este editorial fabuloso no I. Aconselho a leitura, é curto e é um prazer lê-lo (ai, que inveja, não saber escrever assim...). Nele, a autora faz o retrato nu e cru da actual situação. Termina com um aviso muito claro: "qualquer governo que se limite a ser um bom e passivo aluno está a condenar-se e a condenar-nos à forca."
Eu acrescento: nós estamos a condenar-nos à forca se nos limitarmos a ser passivos cidadãos.
Sabe-se muito bem qual é a causa e o remédio para a crise; o remédio - suportar as dívidas públicas em obrigações pagas com dinheiro novo (eurobonds) - não está a ser usado de propósito para manter a crise. E isso tem uma finalidade que as medidas pretendidas, nomeadamente a diminuição da TSU, dos ordenados e a entrega das empresas publicas em forma de monopólio a alemães e franceses, aponta com clareza; por outro lado, as únicas medidas que contribuiriam para resolver o problema do nosso lado, ou seja, aquelas medidas que diminuiriam o déficit da balança de pagamentos, ou seja, a relação entre o dinheiro que entra e que sai do país, são completamente ignoradas; isto não pode ser por acaso nem por ignorância, só pode ser de propósito.
Há várias coisas que podemos fazer para contrariar um plano que se afigura verdadeiramente tenebroso. E podemos começar já por uma delas: não dar nem um euro a alemães e franceses. Automoveis? Ou Fiat ou de fora da europa - mesmo os SEAT são 100% alemães.
Pode parecer-vos insignificante, mas façam lá um esforçozinho e aguardem o resultado... enquanto esperamos pelo Dr. Jordan. Lembrem-se: nem 1 euro para franceses e alemães. Vejam quais são as empresas que estão aí e que são propriedade deles - devem estar nas cervejas, águas, comunicações, turismo e outras coisas. Nem um euro para elas. Pela alminha dos vossos filhos. Vão perceber porquê em breve.
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5 comentários:
apoiado com veemência.
Há bastante tempo que digo, se o nosso papel é consumir, usemos essa arma. A resposta das pessoas é somos obrigados a consumir e que também estão em causa empregos de portugueses.
O pessoal não tem disposição para sacrificios em nome de uma causa.
UFO
Boa
o movimento 560 já deve ter feito mais para resolver o nosso problema que as medidas que o governo tomou; não se pode deixar os destinos de um país nas mãos dos governantes, há muito que os outros povos sabem isso; temos de ter um papel consciente, como acontece noutros lados.
HORIZONTE XXI
é verdade, mas não é uma verdade absoluta, cada vez há mais gente que age com consciência; e como não vejo outra saída para os nossos problemas, aposto na possibilidade de os portugueses começarem a perceber como fazer valer a sua vontade. Penso que talvez seja um pouco como a história do Rei Vai Nu, um dia, de repente, toda a gente abre os olhos.
HORIZONTE XXI
O seu blogue é muito interessante...
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