
History of Atmospheric CO2 through geological time (past 550 million years: from Berner, Science, 1997). The parameter RCO2 is defined as the ratio of the mass of CO2 in the atmosphere at some time in the past to that at present (with a pre-industrial value of 300 parts per million). The heavier line joining small squares represents the best estimate of past atmospheric CO2 levels based on geochemical modeling and updated to have the effect of land plants on weathering introduced 380 to 350 million years ago. The shaded area encloses the approximate range of error of the modeling based on sensitivity analysis. Vertical bars represent independent estimates of CO2 level based on the study of ancient soils.
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Como sabemos, o CO2 é o gás mais importante para a vida. Mais importante do que o Oxigénio, pois sem este a vida continuaria a existir na Terra, mas sem CO2 apenas em ambientes muito restritos continua possível a vida em formas muito elementares.
Reparemos na figura: só nos últimos 500 milhões de anos diminuiu umas 20 vezes. Em relação às quantidades iniciais de CO2, a quantidade actual é cerca de 100 000 vezes menor.
Actualmente, o CO2 é mais raro que o Árgon, que é um gás raro. Aquele que já foi um gás dominante da atmosfera terrestre é hoje mais raro que um gás raro! Representa apenas 0,036% da atmosfera, enquanto o Oxigénio é 21% e o Argon 0,93% (e o Azoto 78%).
Se extrapolarmos a tendência de variação do CO2 dos últimos 200 milhões de anos, concluímos que, se tudo continuar como até aqui, dentro de 50 milhões de anos no máximo o CO2 desaparecerá e com ele a vida na Terra tal como a conhecemos.
Esta é a maior ameaça à vida terrestre alguma vez apontada. As consequências do desaparecimento do CO2 seriam muito piores que as maiores catástrofes alguma vez ocorridas no planeta, muito piores que o Evento que determinou a extinção dos Dinossáurios e outras extinções maciças ainda maiores.
Mas 50 milhões, embora uma insignificância à escala geológica, é um período dilatado à nossa escala. Valerá a pena preocuparmo-nos com isto?
Depois, os níveis de CO2 têm apresentado nos últimos milhares de anos flutuações acentuadas, que atingiram valores tão baixos que ficaram próximos dos mínimos necessários à vida. Ora não sabemos porque é que o CO2 flutua desta maneira e, portanto, não podemos estar certos que na próxima flutuação não venha a cair demasiado para as necessidades da vida. Como veremos, isso pode encurtar o horizonte da Vida para uns 10 000 anos.
E, por último, continuamos a ouvir falar de projectos megalómanos, loucos e descontrolados para «sequestro» do CO2; um projecto destes (como, por exemplo, bactérias de laboratório) é uma verdadeira arma de destruição maciça. Como «sequestrar» o CO2 passou a valer muito dinheiro dentro das actuais e futuras políticas de «combate às alterações climáticas» não estamos livres de alguém a conseguir realizar. Isso poderia encurtar o horizonte da Vida para uns... 10 anos?