sexta-feira, maio 18, 2007
O Ciclo das Civilizações
Se calhar já se esqueceram, mas existe um problema por detrás destes posts, que é o Fim dos Impérios: percebermos porque acabam eles e o que podemos fazer em relação ao nosso império.
Eis uma visão muito simples : o ciclo de uma civilização é como um jogo do monopólio. Os jogadores começam todos em igualdade mas, com o desenrolar do jogo, mais cedo ou mais tarde, chega-se fatalmente a um cenário em que um domina tudo, compra tudo, tem o dinheiro todo. É quando o jogo acaba!
Eis uma visão muito simples : o ciclo de uma civilização é como um jogo do monopólio. Os jogadores começam todos em igualdade mas, com o desenrolar do jogo, mais cedo ou mais tarde, chega-se fatalmente a um cenário em que um domina tudo, compra tudo, tem o dinheiro todo. É quando o jogo acaba!
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5 comentários:
Num jogo do monopólio a riqueza total é constante: não se gera riqueza.
E claro o jogo acaba quando os recursos dos jogadores mais pobres se esgotam, acaba com o colapso do ecossistema.
É um exemplo claro de como uma sociedade se perde quando entra no jogo da não redistribuição da riqueza e na sua concentração.
Digníssimos jogadores de monopólio,
pensem nisto: a igualdade pode não ser geradora de progresso social. É a desigualdade que permite a formação do excedente económico, o qual pode ser gasto em bens sumptuários ou reinvestido produtivamente. No primeiro caso as sociedades estagnam; no segundo progridem. A Revolução Industrial em Inglaterra resultou de uma grande desigualdade entre classes sociais. Só que foi uma desigualdade produtiva, pois aqueles capitalistas reinvestiam cada libra extorquida ao proletariado. Em Portugal, nas indústrias têxteis do Norte ou nas fábricas de calçado, o excedente económico ia para a compra de Ferraris e Maseratis.
Os impérios não morrem pelas relações desiguais; é a vertigem da igualdade que os corrompe.
Exactamente meu caro d.e.. E esse é o busilis da questão: as regras deste jogo que impulsionam o seu desenvolvimento, a geração de riqueza, conduzem também à sua falência. Estamos a meio deste jogo, na altura em que ele começa a tornar-se perigoso. Precisamos de compreender bem o processo e encontrar forma de alterar o fim do jogo. Se conseguirmos, o Futuro será um, se não conseguirmos, o Futuro será outro...
Carissimo d.e.
Não sou contra a desigualdade se ela não se basear na condenação à pobreza de uma parte da população.
Se a riqueza acumulada for reflexo da riqueza gerada e não resultado de uma pobreza crescente da restante população.
O desenvolvimento económico em Espanha não está baseado num jogo de monopólio. Não temos em empresas, de capital estatal (governo ou autarquias), diferenças de vencimento na ordem das 40 vezes!
Ah! o Monopólio! Também já joguei algumas vezes, mas nunca me interessou muito, como tudo aquilo que tem a ver com dinheiro.
Eu gostava era de viver numa comunidade onde ele não fosse preciso como meio de troca. Deveras, até existem algumas assim, mas claro que o dinheiro continua a ser necessário para as relações com o exterior.
Ora então, os tais vasos comunicantes geram um estado de estagnação em que a água deixa de fluir, pois já não existe diferença de pressão. Do mesmo modo, só se produz trabalho ou liberta energia quando uma fonte é quente e a outra fria. Se ficarem à mesma temperatura, tudo cessa... e p'ra isso não há cura!
Interessante essa explicação para a tal desigualdade material, que assim é natural. Hummm... mas deve haver outra maneira de prolongar o jogo, um Robin dos Bosques cósmico...
Rui leprechaun
(...o novo Deus económico! :))
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