E não eram só os dinossáurios. A natureza parece ter enlouquecido naquela altura. Gigantes em todas as classes de animais. A vegetação era gigantesca e densa!!!
Certamente um erro da natureza, por isso já quase todos os gigantes desapareceram.
Será?
Ou será que estamos a fazer um erro de perspectiva, será que agora é que a vida na Terra está reduzida a uma população de anões?
Claro que ser anão não é defeito, tem vantagens óbvias. Mas em vez de nos perguntarmos porque é que era tudo tão grande há 70 milhões de anos atrás, que tal perguntarmos porque é que é tudo tão pequeno agora?
Sabemos que o clima da altura era muito melhor do que o de hoje: uma temperatura média da ordem dos 25ºC com oscilações térmicas mínimas. Todo o planeta tinha condições óptimas de habitabilidade, do equador aos pólos.
Hoje, vivemos num planeta arrefecido, com grandes amplitudes térmicas, em que grande parte da área já não suporta vida ou a suporta em condições muito difíceis. Esta penúria climática será a razão?
No post “O Ciclo das Fezes” referi que a biomasssa estava limitada pela quantidade de Azoto combinado disponível na natureza, limite este que foi levantado quando a humanidade começou a produzir adubos industriais. Não há falta de Azoto na Natureza, mas como ele é muto difícil de combinar com outros elementos, a Vida tem dificuldade em o utilizar, precisa dele incorporado em compostos orgânicos. Isso é uma limitação mas também tem uma vantagem: o Azoto não desaparece! Não se combina com outros elementos nas condições existentes na natureza, portanto permanece.
Ora o mesmo não se pode dizer do Carbono. Naturalmente que a biomassa também está limitada pela quantidade de Carbono. Este combina-se facilmente, nomeadamente com o Oxigénio, e a Vida não tem dificuldade em o incorporar. Mas exactamente porque é tão fácil de combinar, o Carbono tem um problema: desaparece. Forma outros compostos, nomeadamente carbonato de cálcio.
Nos tempos primordiais da Terra, o Dióxido de Carbono já foi muito abundante. Mas foi transformado em biomassa, em carbonatos, dissolveu-se nas águas, desapareceu! Hoje é um gás residual na atmosfera. Ínfimo mesmo: 0,03%!!! O Árgon é 0,9% e é considerado um gás raro. O Dióxido de Carbono é 30 vezes mais raro que o Árgon!
Mas se não há Dióxido de Carbono, as plantas, que se formam a partir dele, não podem crescer! A sua velocidade de crescimento tem de ser muito lenta. E, se o crescimento é lento, não podem atingir grandes dimensões porque não têm tempo de vida suficiente. E toda a cadeia alimentar vai ficar condicionada por isto.
Então, o esgotamento do Dióxido de Carbono está a esgotar a Vida na Terra. A Vida ir-se-á tornando mais pequena e mais rala.
Afinal, os Dinossáurios não eram gigantes. Nós é que somos anões!
(também, não admira: vivemos num planeta tão frio e tão esvaziado de Dióxido de Carbono...)