Nããããoooo!
Marca o vosso primeiro grande passo em direcção ao Futuro! Hoje, vocês vão começar a saber coisas sobre o Universo que mais ninguém sabe. Coisas essenciais, que determinam a evolução do Universo, que permitem entender o porquê e o para onde. O Passado e o Futuro! Hoje, vocês vão começar a ser donos do Passado e do Futuro numa escala que nunca vos passou pela cabeça que fosse possível.
Xiiii, isso até assusta!
É um comentário. Mais comentários?
Não acredito nisso. É um desafio irrecusável. Estou para ver. Quando é que começamos? Paga-se imposto? Ahahahah
Pela vossa reacção, vejo que, como de costume, estão cheios de curiosidade. Vamos lá então. Vamos falar de um fenómeno essencial à evolução do Universo. É um fenómeno Físico completamente desconhecido dos cientistas. Porém, há um fenómeno análogo bem conhecido em biologia e ecologia: o ciclo Presa-Predador.
Presa-predador? Já ouvi falar nisso! Não é aquela coisa das raposas e coelhos, quando há muitos coelhos o número de raposas cresce porque têm muito alimento.
Exactiiiissimamente! Muito bem Laura. E o que acontece quando o número de raposas cresce muito?
Hummm, os coelhos vão ser dizimados...
Certíiiiiissimo Nuno! O número de coelhos comidos pelas raposas ultrapassa os que nascem e o nº de coelhos começa a diminuir. E então o que irá acontecer?
Ora, se o nº de coelhos diminui, então as raposas deixam de ter alimento e começam também a diminuir de número..
Exaaaaaaaaaacto! Muito bem Pat!
Ehehe, de bichos percebo eu...
Portanto, temos aqui um processo onde o número de raposas varia no mesmo sentido do número de coelhos – quanto mais coelhos, mais raposas, quanto menos coelhos, menos raposas...
E o número de coelhos varia inversamente ao número de raposas – mais raposas implica menos coelhos e menos raposas implica mais coelhos!
Muito bem António!!! É isso exactamente. Podemos caracterizar este processo em termos gerais dizendo que temos uma realimentação positiva no sentido coelhos->raposas e negativa no sentido inverso.
Em 1925/1926 dois matemáticos, independentemente, Alfred Lotka e Vito Volterra, apresentaram umas equações para este processo, que são conhecidas pelas equação de Lotka-Volterra.
Na figura podem ver como varia tipicamente uma população de coelhos e raposas de acordo com estas equações.
Mas é assim uma variação tão certinha?
Claro quer não, Filipa. Estas equações são muito simples. Mas dão-nos uma primeira ideia das características essenciais deste processo que, como vos disse, é um processo essencial do Universo.
Não sabia que coelhos e raposas eras essenciais ao Universo...
Riem-se? Pois digo-vos que as curvas da figura não representam apenas coelhos e raposas. Representam também o pulsar do coração de todas as estrelas.
Coração das estrelas? Agora as estrelas têm coração????
Pois é. Grande surpresa, não é verdade? Reparem, para já, numa característica típica destas curvas: o tempo de subida da curva das raposas é menor que o de descida. Se forem ver as curvas dos ciclos de manchas solares encontrarão a mesma característica.
No nosso próximo encontro veremos como bate o coração do Sol.
14 comentários:
Espero que as manchas solares se comportem melhor, porque aqui pelo planeta, as raposas já se comem umas às outras, e não estou a falar só da CML.
Isto está a aquecer. Não estivessemos nós a falar do Sol.
bate coração de estrela, bate...
ok, mal posso esperar pelos novos batimentos mas acho que vem aí os celébres ciclos das estrelas, aos quais o nosso Sol não escapa, obviamente...
Bruno, então achas que eu iria gastar o meu e o vosso tempo a falar de coisas conhecidas? Nããã... daqui não sai nada que seja conhecido no presente... o Sol tem grandes surpresas!!!
António e Tarzan, preciso de ter umas aulas de humor com vocês. Na realidade, já estou a ter...
Um abraço
Tou a começar a ficar fã deste blog! Ai se estou!
Obrigado Fa!
O barco está quase a começar a viagem; por agora foi tudo tranquilo, enquanto se carregava o barco. À frente esperam-nos belos momentos mas também borrasca da grossa... vai exigir estomâgos sólidos, olá se vai...o seu mundo de Paz e Amor pode ajudar esta viagem...
Este barco é como a arca de Noé: plantado no meio do deserto à espera do dilúvio!
Do coração das estrelas percebo eu... ou não fosse eu enfeitiçadora de astros :)
Tenho esperança que fales um pouco do coração da lua, das suas faces, das suas paragens cardíacas causadas pelo excesso de "pessoas com a cabeça na lua"...
Gostei muito do blog! É original e colorido :)
Um beijinho lunar***
António, continua fabuloso... vou pôr umas gotas de chuva no próximo post...
feitixeira, bem vinda!
Do coração da Lua percebes tu, ao teu blogue eu vou para contigo aprender:)
Aqui iremos trilhar caminhos doutra vasta magia, e uma feitixeira vem mesmo a propósito.
(eu sei que este blogue agride a estética; a finalidade é facilitar a leitura, colorindo as vozes, mas confesso que não me sinto lá muito feliz...)
O teu beijinho é um grande estímulo. Um beijo solar para ti.
As cores não são agridem a estética, apenas sopram uma luz diferente sobre as palavras.
Da lua vem mais um beijo***
Pois à conta destes tais mistérios solares, tenho devorado tudo o que há por aqui de vídeos e textos sobre o sol, tanto os que têm o aval da ciência como os outros mais místicos e especulativos.
Ao que vejo, estamos sensivelmente no início da 2ª metade de um novo ciclo de 11 anos, que vai de 2001 a 2012, onde atingirá o seu apogeu. Ou seja, tal como no gráfico acima, as manchas atingiram o ponto máximo em 2001, depois foram decaindo e agora voltam a aumentar até novo pico em 2012 e por aí fora.
Mas então, este ciclo não é muito certinho e a curva não é sinusoidal, certo?! Logo, as manchas diminuem mais lentamente do que aumentam já na parte final.
E quem faz o papel de coelho?! Serão os campos magnéticos? Pelo que li, ao contrário do nosso terrestre, que é simples e bem comportado, os do Sol são uma grande barafunda porque a sua rotação não é uniforme em todas as latitudes. Logo, o plasma gera correntes eléctricas muito variadas e estas os campos magnéticos algo desconjuntados... é um caos ensolarado!
Hummm... desconfio que o Einstein não ia gostar...
Rui leprechaun
(...mas o Alf-Sol já nos vai iluminar! :))
Uma súbita ideia, antes de passar ao outro post. Sim, que agora isto também me fica aqui a moer... é mastigar e roer que engolir não pode ser! :)
Partindo desse exemplo raposas vs. coelhos e a tal realimentação positiva e negativa, será que tal significa que as manchas solares são, de certa forma, a válvula de escape desses campos magnéticos?!
Ou seja, elas aumentam quando a actividade magnética se intensifica mas, deste modo, contribuem para a dissipar e então ambos diminuem rumo a um novo ciclo e assim.
Mau! Mas qual é a causa e o efeito?! Plasma - correntes eléctricas - campos magnéticos - manchas?!
Creio ser isto o que leio e parece-me lógico... hummm... mas algo aqui não bate inteiramente certo, caso a rotação do Sol seja regular... ou também não é?!
Tanto ciclo já me está a baralhar...
Rui leprechaun
(...venha o Alf-Estrela p'ra me elucidar! :))
PS: Forças nucleares fraca e forte... será esse o pulsar desvanecido neste ciclo vida-morte?!
leprechaun
os ciclos solares marcam-se entre mínimos, ou seja, considera-se o seu começo/fim em cada mínimo.
Nesta altura está a começar um novo ciclo.
Os físicos solares explicam as manchas solares como um resultado dos campos magnéticos. Veremos que não será nada disso.
O ciclo das manchas solares revela que existe um ciclo presa-predador a decorrer no sol; mas elas não estão directamente relacionadas com esse ciclo, são apenas sintoma - como o número de cócós de coelho é um sinal da quantidade de coelhos...
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