Pergunta fácil, não é verdade? O Sol é, obviamente, a mais importante. Depois, vêm as Nuvens. As nuvens reflectem a energia solar e limitam a perda de calor da superfície. Nada na Terra tem uma influência no clima que se compare à das nuvens.
Há muitas décadas que se sabe que a actividade solar, ou seja, a energia radiada pelo Sol, não é constante, embora a sua variação seja pequena. Mas se varia, então a temperatura da superfície terrestre variará também.
Como estimar a relação entre actividade solar e temperatura?
Nuvens! Temos de modelar o sistema de nuvens!
Todos sabemos que se a noite tiver nuvens fica menos fria do que se não tiver. E que o contrário acontece de dia.
As nuvens reflectem a energia solar, por um lado e, por outro, limitam a perda de energia da Terra para o espaço. As nuvens formam uma cobertura variável, um tecto que abre e fecha!
Ciclo da água: evapora-se, sobe na atmosfera, condensa-se formando nuvens, precipita-se em chuva. Se aumentar a temperatura, aumenta a evaporação e aumenta a formação de nuvens
A energia perdida através das nuvens pode ser estimada a partir da temperatura exterior das nuvens. As medidas por satélite indicam que esta varia desde cerca de -30ºC (negativos) até cerca de -60ºC e mesmo inferior. À medida que aumenta a massa de nuvens, mais baixa é a temperatura exterior porque mais alto estão os cristais de gelo.
Eis então um modelo muito simples: as nuvens são uma cobertura de extensão variável, com uma temperatura da ordem dos -50ºC, que impede a entrada da energia solar na Terra, reflectindo-a.
Vejamos como isto funciona: se aumentar a actividade solar, começa a aumentar a temperatura superficial; em consequência, cresce a evaporação e a formação de nuvens – a “cobertura” fecha-se mais um pouco, cortando a entrada de energia solar.
Caracterização do novo ponto de equilíbrio:
- aumenta a temperatura superficial
- aumenta a cobertura de nuvens
- diminuí a energia solar que chega ao solo
Notem o seguinte: a eficiência das nuvens a bloquear a energia solar é muito maior do que a impedir a saída de calor da Terra. Se a Terra estivesse totalmente coberta de nuvens, a perda de energia para o espaço apenas diminuiria uns 30%, mas a diminuição de energia solar que chegaria ao solo seria muito maior. Por isso, este sistema de nuvens é altamente estável, nunca entra em catástrofe térmica! Assim que aumenta a temperatura superficial, as nuvens fecham a entrada de energia solar, estabilizando o sistema!
Como é inteligente a natureza! Não há hipótese de uma catástrofe térmica!
O leitor mais dentro destas coisas estará a pensar: então e Vénus? Não ocorreu uma catástrofe térmica em Vénus, que elevou a sua temperatura superficial para valores da ordem dos 450ºC?
5 comentários:
Bah! Gosoto mais da teoria Babilónica do Al Gore...
Mas o que aconteceu a Vénus? Devo ter perdido esse telejornal.
tudo isto são pistas... peças do puzzle... há um mistério à espera de ser revelado... (quem lê entenda)
Estava a preparar-me para fazer a pergunta do seu último parágrafo. Você antecipou-se. Raios!
tarzan, bem vindo a esta tertúlia! Já sei que investigou muito esta questão. Mais dados irão ser revelados... há pistas fundamentais que estão fechadas em capítulos desconhecidos do livro do conhecimento.
Por falar em nuvens e vapor de água ou humidade, lembro-me bem de em Geografia ter estudado os tipos de clima, como o marítimo e continental e por aí fora.
Ora o modelo mais fiel para avaliar das amplitudes térmicas era justamente esse da humidade ou das nuvens, as quais impediam grandes perdas de calor durante a noite e também o aquecimento durante o dia.
Logo, noites húmidas ou chuvosas são mais quentes ou mornas do que aquelas sem nuvens, por exemplo no Inverno. Daí também que exista menor amplitude térmica diária nas regiões à beira-mar do que no interior.
Ora se tudo isto é elementar, como pode estar mal representado nos tais famosos modelos climáticos? Não faz sentido, essa gente é bem mais sábia do que eu...
Rui leprechaun
(...o Gnomito sandeu! :))
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