tag:blogger.com,1999:blog-25948907.post2003929665029465647..comments2023-11-05T07:58:42.414+00:00Comments on outra margem: O que a Economia e o Desporto têm de comum? - 1alfhttp://www.blogger.com/profile/07001836938009552719noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-25948907.post-72985047010936119182012-05-27T19:29:52.732+01:002012-05-27T19:29:52.732+01:00vbm
Inteiramente de acordo!
Agora, experimente e...vbm<br /><br />Inteiramente de acordo!<br /><br />Agora, experimente explicar isso a pessoas com formação em economia ou finanças e terá a sensação de estar a explicar a um crente que deus não existe - porque essas pessoas vão-se recusar liminarmente a aceitar que possa ter razão, vão recusar todos os cálculos que possa apresentar porque vivem na crença de que o sistema neo-liberal é perfeito e se alguma coisa falha não é culpa do sistema mas de pessoas que o violam - por exemplo, a Lagarde já descobriu a causa do problema grego: é por os gregos fugirem aos impostos!!! Mas é claro, os impostos é aquilo que os pobres têm de pagar ao Estado, que é uma coisa que só interessa aos pobres, não é verdade? - os ricos naturalmente não têm de pagar impostos, o Estado é algo que só os incomoda... Portanto, se os Estados estão falidos, a culpa é dos pobres, que não tomaram conta do que lhes interessava.. Lógico, não é?<br /><br />Quanto aos EUA, não pense que foi só lá; eu estou convencido que mais dia menos dia há de vir ao de cima as verdadeiras contas do Deutch Bank que devem ser tão boas como as do Bankia - todo o sistema financeiro fez o mesmo e todos eles devem estar com a corda na garganta, estão só a ver se escondem a situação enquanto tentam resolvê-la por debaixo da mesa - à custa de toda a gente.alfhttps://www.blogger.com/profile/07001836938009552719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-25948907.post-23800982139196195412012-05-26T12:19:51.131+01:002012-05-26T12:19:51.131+01:00A questão mais interessante levantada pelo alf na ...A questão mais interessante levantada pelo alf na conversa anterior foi a lei da concentração crescente da riqueza e agravamento da desigualdade. <br /><br />Na verdade, partindo de uma desigualdade inicial, a repartição do rendimento e da riqueza agrava-se no tempo porque o ritmo de crescimento dos mais ricos tende a ser maior do o ritmo de desenvolvimento do bem estar das classes média e pobre.<br /><br /><br />Países de grande desigualdade, como é o caso de Portugal e dos Estados Unidos, a tendência é escandalosamente gritante e pode desembocar em grave convulsão social.<br /><br />Porque, na verdade, como o endividamento desastroso a que países como o nosso, a Grécia e a América chegaram, a possibilidade de melhoria de vida que remanesce é mesmo a da revoulção política e redistribuição social do rendimento.<br /><br />De facto, aplicando ao crescimento do PIB anual taxas diferenciais de progressão geométrica do rendimento dos mais ricos <i>versus</i> a dos mais pobres e de médio rendimento, em três, quatro ou cinco décadas, qualquer diminuta desigualdade de partida, reverte na mais desigual repartição da riqueza, tudo o mais constante, i.e., se nenhuma revolução não põe cobro ao movimento.<br /><br />Claro, que isto não significa desconhecer a diferença entre uma sociedade de classes e uma sociedade de <i>castas</i>. Há mobilidade individual — e até grupal!, penso, p.e., o caso dos retornados, promovidos pela travessia do equador, de sul para norte, ocupando generalizadamente cargos na banca, nos serviços públicos, na indústria e no comércio, sempre com preferência sistemática em relação aos ‘metropolitanos’! :) — por razão da instrução, do trabalho e poupança, do jogo, de casamento, herança, doação, também de prostituição, roubo, corrupção, e modos assim de ‘acumulação primitiva’, depois reconvertidos em inserção social legitimada.<br /><br />No entanto, para lá do movimento atomístico da liberdade e narrativa individuais, a classe possidente acumula no tempo riqueza crescente em detrimento da classe média e proletária. Polticamente, é imperioso que a sociedade mantenha actuante mecanismos de redistribuição do rendimento e, sobretudo, crie ou recrie condições de igualdade legal e social entre os cidadãos, no que a instrução pública, a educação cívica e os cuidados de saúde, independentes do rendimento são o meio de preservar a coesão social.<br /><br />Criticável, é o modo como a América camuflou a queda de rendimento do seu proletariado, desde Reagan a 2007, através da expansão de crédito ao consumo, a compensar a redução da proporção salarial no rendimento nacional, e a irresponsável vigarice de endossar tais créditos sobre indigentes de banco para banco, instituição para instituição, aquém e além fronteiras continentais, com o marasmo em que todos estamos mergulhados há já cinco anos!vbmhttps://www.blogger.com/profile/17754165201383362637noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-25948907.post-17760995180092817822012-05-23T22:01:57.227+01:002012-05-23T22:01:57.227+01:00Então, Alf?
Adormecemos ou estamos a estudar fina...Então, Alf?<br /><br />Adormecemos ou estamos a estudar finanças (for dummies)?Diogohttps://www.blogger.com/profile/07638771332109467487noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-25948907.post-28532106971802095022012-05-10T12:05:29.543+01:002012-05-10T12:05:29.543+01:00Diogo
Sim, o grande drama de momento é o poder fi...Diogo<br /><br />Sim, o grande drama de momento é o poder financeiro; mas não sei se se pode dissociar do resto, financeiros e industriais estão intimamente interligados; em minha opinião, quem alimenta as bolhas especulativas são essencialmente os industriais e quem lucra com o empobrecimento são também eles, na sua busca incansável de mão-de-obra barata; os financeiros inventam processos de sugar o mais possível a riqueza existente mas o que causa a crise é o crescimento da desigualdade, que é promovida tanto por financeiros como por empresários.<br /><br />Estou de acordo consigo sobre a necessidade de reformulação do sistema financeiro; mas o problema não tem solução no quadro actual; porque veja: a banca tem de emprestar às empresas, sejam pequenas ou grandes, pois no actual mundo competitivo quem estiver a trabalhar só com capitais próprios não tem "músculo" para aguentar a concorrência; mas grande parte das empresas vão entrar em dificuldade - "só pode haver um", não é? Então os bancos vão perder esse dinheiro, ou vão ficar com as empresas em quadros complicados e crises sobre crises vão ocorrer.<br /><br />A economia competitiva funcionou muito bem quando havia falta de recursos, pois a generalidade das empresas podia ser bem sucedida, mas hoje vivemos numa fase diferente, onde se produz a mais e o que se faz é a concentração das empresas; isto equivale a um processo recessivo a nível dos capitais das empresas. Isto tem de ser parado, grande parte da economia tem de ser estritamente regulada.<br /><br />Já que você tem tido a amabilidade de me aconselhar livros, deixo-lhe a indicação de um que o UFO me emprestou: As Dívidas Ilegítimas, de François Chesnais; estou a achar interessante e agradável de ler.alfhttps://www.blogger.com/profile/07001836938009552719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-25948907.post-14249944809768394252012-05-10T11:20:33.134+01:002012-05-10T11:20:33.134+01:00«O poder económico tem de estar sempre subordinado...«O poder económico tem de estar sempre subordinado ao poder político. Globalização só quando a política também for global. Na Europa, temos o poder económico a dominar o político... o absurdo dos absurdos...»<br /><br /><br />É habitual confundir poder económico e poder financeiro. Tal deve-se ao facto de muitas empresas serem propriedade do poder financeiro. Mas adiante:<br /><br />É o poder financeiro que controla tudo: Estados, Empresas e famílias – cedendo ou recusando crédito, regulando os preços criando inflação ou deflação e apoderando-se dos bens com dinheiro que eles criam do nada.<br /><br />Só há uma hipótese – desmantelar o actual sistema financeiro mundial e substituí-lo por umas finanças totalmente controladas pelos cidadãos.Diogohttps://www.blogger.com/profile/07638771332109467487noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-25948907.post-62218854633592335612012-05-10T00:57:21.760+01:002012-05-10T00:57:21.760+01:00Diogo
Exactamente; o exemplo do futebol é bom por...Diogo<br /><br />Exactamente; o exemplo do futebol é bom porque é óbvio que a regulação é indispensável; tão óbvio que não é preciso nenhuma entidade externa ao futebol que a imponha.<br /><br />Já no caso da Economia, isso não é óbvio excepto para alguns iluminados como o Warren Buffet que pediu para deixarem de mimar os super-ricos e explicou que era preciso que redistribuíssem o dinheiros ou acabava-se o jogo; é por isso que no caso da economia é preciso que o Estado exerça regulação sobre a Economia.<br /><br />isso tornou-se impossível com a globalização e é por isso que é preciso acabar com ela: o poder económico tem de estar sempre subordinado ao poder político. Globalização só quando a política também for global.<br /><br />Na europa, temos o poder económico a dominar o político... o absurdo dos absurdos...alfhttps://www.blogger.com/profile/07001836938009552719noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-25948907.post-13536817955256224462012-05-09T20:45:35.440+01:002012-05-09T20:45:35.440+01:00Vou esperar pela continuação mas quer-me parecer, ...Vou esperar pela continuação mas quer-me parecer, logo à partida, que o paralelo que você faz entre desporto e economia não é o mais feliz.<br /><br />Os grandes (e pequenos) clubes vivem da competição. Interessa-lhes que haja muitos outros clubes da mesma igualha. Quanto mais forte o adversário, mais receitas têm.<br /><br />Quanto às empresas, o seu sonho é serem monopolistas. Quanto mais monopolistas forem, e menos competição tiverem, mais dinheiro ganham.<br /><br />N’est-ce pas?Diogohttps://www.blogger.com/profile/07638771332109467487noreply@blogger.com